segunda-feira, 25 de junho de 2018

O Poço da Ascensão

Titulo Original:Well of Ascension
Autor:Brandon Sanderson
Editora: Saída de Emergência
Sinopse:Alcançaram o impossível: o mal que governara o mundo pela força do terror foi derrotado. Mas alguns dos heróis que lideraram esse triunfo não sobreviveram, e eis que surge uma nova tarefa de proporções igualmente gigantescas: reconstruir um novo mundo. Vin é agora a mais talentosa na arte e técnica da Alomância e decide reunir forças com os outros membros do bando de Kelsier para ascender das ruínas de um passado vil.
Venerada ou perseguida, Vin sente-se desconfortável com o peso que carrega sobre os ombros. A cidade de Luthadel não se governa sozinha, e Vin e os outros membros do bando de Kelsier aprendem estratégia e diplomacia política enquanto lidam com invasões iminentes à cidade.
Enquanto o cerco a Luthadel se torna cada vez mais apertado, uma lenda antiga parece oferecer um brilho de esperança: o Poço da Ascensão. Mas mesmo que exista, ninguém sabe onde se encontra nem o poder que contém… Resta a Vin e aos seus amigos agarrar esta fonte de esperança e conseguir garantir o seu futuro e futuro de Luthadel, cumprindo os seus sonhos e os sonhos de Kelsier.
 
Crítica: Adoro a escrita de Brandon Sanderson. É uma leitura fácil e descontraída, com personagens realistas e cheias de profundidade emocional,  e o enredo é sempre algo interessante, com um equilibrio entre o simples e o complicado que me mantém preso às páginas do livro desde o ínicio. Mas aquilo que me prende aos livros dele é sem dúvida os sistemas de magia que ele desenvolve. São completamente diferentes de livro para livro, no entanto, são fascinantes. Principalmente, quando usados por personagens diferentes, em que conseguimos ver as nuances de utilização de cada um deles.

O sistema de magia usado nesta trilogia é a Alomancia, em que consiste engolir pedaços de metal e "queimá-los" para obterem poderes fascinantes. As personagens podem ter a capacidade de queimar apenas um metal, ou queimar todos, sendo chamados de Nascidos das Brumas ou Mistborn(eu teria mantido o nome original). 

No final do primeiro livro, houve a queda do império que era governado por alguém que todos consideravam ser um Deus. Agora Elend e Vin têm a missão de manter a cidade a salvo de todos os que a ameaçam. A premissa é simples, mas foca-se num ponto extremamente importante, a nível político. O que acontece quando se derruba um sistema governamental? A resposta que nos é dada aqui é caos. A partir do momento em que deixaram de ser governados por "Deus", todos os nobres que conseguiram reunir poder tentaram autoentitular-se de reis, dando inicio a uma guerra civil.

Elend aqui revela-se como um pobre governante, que não consegue colocar em marcha a sua visão para a sua república, ficando ao cargo de Vin e dos outros de tentar proteger a cidade dos exércitos que se aproximam. O facto de Elend ser este tipo de personagem não é de surpreender, visto que ele era um sonhador e jovem rebelde, mas que nunca teve responsabilidade nas mãos. Assim que o império cai, ele fica o chefe da cidade, e isto torna-se complicado.
Vin neste livro volta a tomar um papel de espia/assassina para proteger os seus amigos, sendo a protagonista a nível de acção. A personagem parece ser mais poderosa que qualquer um dos outros Mistborns, apesar de se ter apercebido relativamente tarde dos seus poderes. A explicação é que ela tem talento inato e que adora usar os seus poderes.

Aquilo que mais me agradou neste livro é toda a tensão política em volta dos nossos personagens. Consegue-se perceber que eles não tinham um plano no caso de serem bem-sucedidos. O foco dado à religião em todos os livros também é algo fascinante, visto que o autor demonstra um ponto que se se retirar a religião à população, retira-se algo essencial na sua motivação.

Não conheço ninguém que não tenha gostado de Mistborn, e como tal é o livro que recomendo a todos os que querem ler um livro de fantasia pela primeira vez.

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