quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Peter V Brett - Homem Pintado

Se existe uma série que me deixa sempre agarrado, independentemente das vezes que leio é o mundo pós-apocaliptico que o Peter V Brett criou no seu livro "Homem Pintado".


Titulo original: The Warded Man
Autor: Peter V. Brett
Editora: Edições Asa/ Gailivro
Sinopse:Num mundo povoado por demónios que dominam a noite, forçando os seres humanos a esconderem-se atrás de guardas mágicas à espera que o sol nasça, o jovem Arlen assiste ao massacre da sua família por causa da cobardia do pai. A partir desse momento tudo muda e Arlen parte numa viagem de descoberta que o levará a percorrer o mundo e a conhecer Leesha e Roger. Os três são a última esperança da humanidade na luta contra os demónios. Só que por vezes os demónios mais difíceis de vencer são os que trazemos dentro de nós. Juntos estes três jovens oferecem à humanidade uma última e fugaz hipótese de sobrevivência. 
Para aqueles que procuram o novo grande nome da fantasia a espera terminou. Ele é Peter V. Brett. Comparável a muitos mas diferente de todos, oferece-nos uma história brilhante que nos prende da primeira à última página. Dizer que é uma obra magistral é pouco para descrever a história épica da luta de Arlen, Leesha e Roger para salvar uma humanidade condenada a viver num medo permanente da noite e dos demónios que ela encerra.


Critica:Este livro apesar de ser de fantasia, tem um desenvolvimento de personagens que é fantástico. O mundo é devorado todas as noites por demónios elementais, em que a única forma de protecção são as guardas. A acção centra-se em tres personagens, em que todos sofrem de formas diferentes nas mãos dos demónios.

O primeiro personagem a ser introduzido é Arlen Bales, que é confrontado numa manhã com uma quebra nas guardas na casa de alguém da aldeia dele, o que desenrola uma sequência de acções e consequências que acaba por lhe tirar a mãe e com Arlen a fugir de casa. A personalidade de Arlen é criada a partir destes eventos, tudo o que faz é para evitar sentir-se preso. A prisão que ele vê não é física mas uma prisão de conformidade que parece governar o mundo dele. Toda a gente se sente confortável por trás das guardas, mesmo que essas falhem de forma constante, e para Arlen tem de haver uma melhor forma do que viver a vida da mesma forma que se tem vivido nos últimos 300 anos.

A segunda personagem é Leesha Paper, que vive numa aldeia maior do que a de Arlen, mais próxima da grande cidade. Tal como Arlen, a vida de Leesha é marcada por sofrimento, mas este sofrimento não lhe é causado por demónios, mas pela sociedade. Através de uma mentira adolescente, Leesha fica com má reputação, virando toda a aldeia contra ela. Ela consegue ultrapassar isso sendo tomada como aprendiz de uma Herbanária, algo que lhe vai mudar a forma de pensar e de ver o mundo.

Rojer é o último personagem a ser introduzido e a personagem em que mais perdeu devido aos demónios. Num desleixo do Guardador (a pessoa que é responsável pela manutenção e bom funcionamento das guardas) da cidade dele, os seus pais morreram na estalagem de que eram proprietários. Rojer sobrevive, graças ao heroísmo da mãe, que mata um demónio de fogo, e exigindo a um jogral que levasse Rojer com ele.

O livro baralha as linhas temporais e as personagens com eles, levando a que cada personagem sofra mais tanto devido a demónios como devido à sociedade. O autor mostra o pior da sociedade humana, mesmo quando estamos à beira da extinção. No entanto, mostra também que vítimas dos mais variados crimes e horrores conseguem ultrapassar, não desistindo e lutando até ao fim.

Um excelente livro para quem quer começar no mundo de fantasia.

Leram o livro?
Comentem e deixem a vossa opinião.

RC

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Raymond Feist - Mago - Espinho de prata




Este livro é o seguimento da triologia Riftwar, e como tal voltamos a ter todos os nossos personagens favoritos a aparecer.

A história aqui foca-se muito em Arutha e Jimmy, visto que no dia do casamento de Arutha com Anita, esta é envenenada com uma flecha, sendo a morte dela praticamente certa. A cura reside nas montanhas dos elfos negros, numa planta (espinho de prata) que é muito rara (um bocadinho clichê, eu sei).
Para salvar a sua amada, Arutha parte em busca dessa planata , juntamente com alguns personagens que já vêm do primeiro livro.

Aqui a história mostra uma linha simples e comum num livro de fantasia, ou seja, há uma missão e o um grupo de heróis parte para a aventura. O desenrolar dos acontecimentos é muito bem escrito, permitindo o desenvolvimento de cada personagem e das relações entre eles.

O Pug e Thomas têm um papel mais diminuto neste livro, aparecendo de vez em quando, numa missão em paralelo, que evidencia um inimigo mais forte e negro que alguma vez tenham imaginado, precisando de partir em busca de ajuda em locais improváveis.

Relativamente a toda a acção no livro, é um livro que apesar de seguir a linha mais comum em fantasia, continua a prender a atençao de quem lê. O autor tem um dom natural para desenvolver as personagens e as suas relações. Além disso, maior parte das personagens podem ser consideradas moralmente cinzentas, o que nos permite perceber os vários pontos de vista ao longo da história.

O livro termina com o conflito final ainda por desenvolver, preparando o último livro da triologia.

3.5/5


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RC