sábado, 16 de junho de 2018

O Trono dos Crânios

Titulo Original:Skull Throne
Autor:Peter V Brett
Editora: Edições Asa 1001 Mundos

Sinopse:Construído com crânios de generais caídos e de príncipes demónios, é um lugar de honra e de magia antiga e poderosa, que mantém afastados os demónios nuclitas. Do alto do trono, Ahmann Jardir estava destinado a conquistar o mundo conhecido, reunindo os seus povos isolados num exército unificado capaz de pôr fim à guerra com os demónios de uma vez por todas.
Mas Arlen Bales, o Homem Pintado, foi contra este destino, desafiando Jardir para um duelo que ele não podia recusar. Em vez de arriscar a derrota, Arlen lançou ambos de um precipício, deixando o mundo sem um salvador, e dando origem a uma luta pela sucessão que ameaça destruir as Cidades Livres de Thesa.
No Sul, Inevera, a primeira mulher de Jardir, tem de arranjar forma de impedir que os filhos se matem e mergulhem o povo numa guerra civil, enquanto se esforçam por atingir glória suficiente que lhes permita reclamar o trono.
No Norte, Leesha Papel e Rojer tentam forjar uma aliança entre os ducados de Angiers e Miln contra os Krasianos antes que seja demasiado tarde.


Crítica: No dia que este livro saiu nos Estados Unidos, eu comprei a versão Kindle dele para poder lê-lo o mais rapidamente possível! Lembram-se do final da Guerra Diurna? Pois...eu também! E não podia esperar para saber o desfecho daquele confronto. Nesse ponto o Peter V. Brett foi muito porreiro, no sentido que sabemos imediatamente o que se passou. Portanto agora somos confrontados com um desfecho para o duelo entre Jardir e Arlen, que decidem embarcar numa missão com probabilidades impossíveis (já disse mais do que devia).
Agora é a parte que vos digo que fiquei desiludido a primeira vez que li este livro- Porquê? Bem, eu sou um tipo de leitor muito orientado para a acção, e mesmo esta tem de ser a da narrativa principal. Tudo o que fuja àquilo que eu considero acção principal, é mais aborrecido para mim. Neste caso, o livro começa com Jardir e Arlen, mas depois são muito pouco abordados, o que numa primeira leitura me deixou um pouco desiludido.No entanto, numa segunda leitura, achei o livro muito mais interessante, principalmente porque já sabia o que se passava na narrativa principal e já não tinha expectativas.
A minha sincera opinião é que este livro é o melhor do Peter V. Brett, mesmo contando com o último. A razão pela qual vos digo isto é que assim que se ultrapasse o facto da narrativa principal não se desenvolve muito, este é o único livro em que a construção do mundo tem um cuidado mais aprofundado, assim como as personagens secundárias ganham uma relevância que ainda nao tinha sido explorada pelo autor, deixando-nos um livro rico em detalhes que nos escaparam nos outros livros.
A nível de história achei incrível o efeito que o desaparecimento de Jardir teve no povo dele. Todas as narrativas que foram desenvolvidas a partir daí são de tirar a respiração. Acho que todos esperávamos que os dois filhos mais velhos não se entendessem e surgisse daí uma oposição, mas os contornos que esse confronto toma são deliciosos.
Já com os nortenhos acho incrível a forma como a mesquinhês humana é desenvolvida, porque, na minha opinião, parece ser muito genuíno. Apesar de serem ameaçados pelos nuclitas durante a noite, e pelos krasianos durante o dia, os nortenhos conseguem ser auto-destrutivos o suficiente para tornarem a narrativa deles muito interessante.
Finalmente, este é o livro em que personagens morrem de uma forma bem mais intensa, acabando por perder algumas personagens que eram muito queridas dos leitores.
Já agora, aconselho a lerem os contos escritos pelo autor (link) visto que ganham relevância nos dois últimos livros.


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