O Filho Dourado by Pierce Brown
My rating: 5 of 5 stars
Este livro é fenomenal!
Para quem gosta de ser prendido às páginas de um livro devido a uma acção intensa, com personagens bem desenhadas este é o livro certo.
Se no primeiro livro eu referi que este livro usava elementos de Jogos da Fome e tornava-o mais adulto e mais adaptado a adultos. Neste livro passamos a ter um jogo completamente diferente, o cenário passa a ser muito mais de ficção científica, com lutas em naves espaciais e muito mais.
As personagens são algo excepcional. O Darrow tem um presença carismática, estando extremamente bem desenhado com uma capacidade de nos fazer sentir por ele. O Chacal continua a ser um cretino, mas a nível de vilão é excelente, com uma ótima visão de jogo e com uma dinâmica que nos faz adorar odiá-lo.
Acho que dizer mais que isto estragará a "viagem".
O final do livro não é muito agradável para quem sofre do coração!
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domingo, 22 de julho de 2018
Age of war
Age of War by Michael J. Sullivan
My rating: 2 of 5 stars
Usually I'm a fan of Michael's work.
I started with Ryria and went on and on until there were no more books written by him. There really good books and good books. But this is the first time I felt disappointment reading a book by Michael.
In this series we know how things will eventually play out, but there's a lot of unknown as well. The first 2 books were fairly good, and in my opinion the second one was the best one yet.
My problem with this book is that it seems the author stopped altogether the character development. They feel too two dimensional with no real depth and I believe it's hard to connect to them, which is weird since in the first two books, this wasn't an issue.
The "big bad guy" still feels too forced, it doesn't translate into a realistic character. I get that for him he is the hero of is own story and I'm ok with that, but there's something lacking in the character ever since the beginning of the series.
Then there's the romantic entanglements that were developed in this book. I just cringed throughout the Brin one... Once again not because I disagree with the choices made by the author but because the way it was written seems too shallow.
In terms of storyline I feel there was a lot of the book where we get useless infodump, which clutters the book and don't develop the story at all. Honestly this felt a lot like half a book.
There were a few storylines that seemed to appear out of nowhere, but they were fairly well explored which turned out to be the redeeming point of the book.
I hope the rest of the series improve greatly.
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My rating: 2 of 5 stars
Usually I'm a fan of Michael's work.
I started with Ryria and went on and on until there were no more books written by him. There really good books and good books. But this is the first time I felt disappointment reading a book by Michael.
In this series we know how things will eventually play out, but there's a lot of unknown as well. The first 2 books were fairly good, and in my opinion the second one was the best one yet.
My problem with this book is that it seems the author stopped altogether the character development. They feel too two dimensional with no real depth and I believe it's hard to connect to them, which is weird since in the first two books, this wasn't an issue.
The "big bad guy" still feels too forced, it doesn't translate into a realistic character. I get that for him he is the hero of is own story and I'm ok with that, but there's something lacking in the character ever since the beginning of the series.
Then there's the romantic entanglements that were developed in this book. I just cringed throughout the Brin one... Once again not because I disagree with the choices made by the author but because the way it was written seems too shallow.
In terms of storyline I feel there was a lot of the book where we get useless infodump, which clutters the book and don't develop the story at all. Honestly this felt a lot like half a book.
There were a few storylines that seemed to appear out of nowhere, but they were fairly well explored which turned out to be the redeeming point of the book.
I hope the rest of the series improve greatly.
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sexta-feira, 13 de julho de 2018
Alvorada Vermelha
Titulo Original:Red Rising
Autor:Pierce Brown
Editora: Presença
Sinopse: Alvorada Vermelha é o primeiro volume de uma trilogia que tem tudo para conquistar a legião de fãs de Os Jogos da Fome.
Passa-se numa altura em que a humanidade começou a colonizar outros planetas, como Marte. Darrow é um jovem de 19 anos que pertence à casta mais baixa da Sociedade, os Vermelhos, uma comunidade que vive e trabalha no subsolo marciano com a missão de preparar a superfície do planeta para que futuras gerações de humanos possam lá viver. No entanto, em breve Darrow irá descobrir que ele e os seus companheiros foram enganados pelas castas superiores. Inspirado pelo desejo de justiça, Darrow irá sacrificar tudo para se infiltrar na casta dos Dourados… e aniquilá-los!
Vingança, guerra e luta pelo poder num romance de estreia empolgante.
Crítica: Quando comecei a ler este livro, demorei dez páginas a perceber que este seria o melhor livro que leria este ano (era Abril)... A razão para isso? Bem, o livro está muito bem escrito e estruturado. As personagens fazem sentido, tem uma acção feroz e o worldbuilding é algo de extraordinário.
Esqueçam a sinopse.
A sério... Ler a sinopse deste livro é para se ficar a pensar que é um livro para adolescentes, coisa que não podia estar longe da realidade... Sim, isto tem elementos de Jogos da Fome, mas como costumo dizer o autor pega no melhor que os Jogos da Fome têm e faz ainda melhor.
Somos apresentados a uma sociedade que se divide por cores, conforme as suas funções. Vermelho é o mais baixo dos níveis sociais cuja função é trabalho manual e arriscado, e dourado o mais elevado nível social, que são os líderes da sociedade. Supostamente isto não pode ser alterado e está codificado a nível genético. A personagem principal é Darrow, um jovem Vermelho que é nascido e criado em Marte. Mesmo dentro dos Vermelhos, existe uma separação em equipas, levando a uma forte competição entre Vermelhos.
Á medida em que a história avança, vamos sendo transportados para diferentes locais, em que nos é dado a conhecer o resto da sociedade. E é aqui que o livro brilha, mostrando-nos uma sociedade altamente avançada e corrupta que segue os ideais romanos. Existem forças de resistência que lutam contra o governo. Os jovens dourados têm uma educação violenta para se tornarem líderes.
As forças políticas em jogo no universo de Pierce Brown fazem lembrar Guerra dos Tronos. Recheado de traição, manobras militares e crime, este livro é algo que não nos deixa respirar até terminar de o ler.
Tenho perfeita noção que acabei de dizer que é parecido a dois livros altamente aclamados. Mas na realidade também tem elementos de Ender e de Avatar. Ou seja, este livro retira de livros do género fantástico e de ficção científica e faz um trabalho fenomenal em criar uma obra que honra todos os titulos de que falei.
Na realidade creio que a versão resumida é Jogos da Fome para os fãs que cresceram.
Aqui em Portugal, este livro passou completamente ao lado! Nem me apercebi que tinha saído e quando o procurei nas livrarias não havia em lado nenhum. Comprei os dois exemplares a um alfarrabista e estou com muita esperança que a editora publique o terceiro porque o cliffhanger do segundo livro dá ataque cardíaco a quem sofre do coração.
Autor:Pierce Brown
Editora: Presença
Sinopse: Alvorada Vermelha é o primeiro volume de uma trilogia que tem tudo para conquistar a legião de fãs de Os Jogos da Fome.
Passa-se numa altura em que a humanidade começou a colonizar outros planetas, como Marte. Darrow é um jovem de 19 anos que pertence à casta mais baixa da Sociedade, os Vermelhos, uma comunidade que vive e trabalha no subsolo marciano com a missão de preparar a superfície do planeta para que futuras gerações de humanos possam lá viver. No entanto, em breve Darrow irá descobrir que ele e os seus companheiros foram enganados pelas castas superiores. Inspirado pelo desejo de justiça, Darrow irá sacrificar tudo para se infiltrar na casta dos Dourados… e aniquilá-los!
Vingança, guerra e luta pelo poder num romance de estreia empolgante.
Crítica: Quando comecei a ler este livro, demorei dez páginas a perceber que este seria o melhor livro que leria este ano (era Abril)... A razão para isso? Bem, o livro está muito bem escrito e estruturado. As personagens fazem sentido, tem uma acção feroz e o worldbuilding é algo de extraordinário.
Esqueçam a sinopse.
A sério... Ler a sinopse deste livro é para se ficar a pensar que é um livro para adolescentes, coisa que não podia estar longe da realidade... Sim, isto tem elementos de Jogos da Fome, mas como costumo dizer o autor pega no melhor que os Jogos da Fome têm e faz ainda melhor.
Somos apresentados a uma sociedade que se divide por cores, conforme as suas funções. Vermelho é o mais baixo dos níveis sociais cuja função é trabalho manual e arriscado, e dourado o mais elevado nível social, que são os líderes da sociedade. Supostamente isto não pode ser alterado e está codificado a nível genético. A personagem principal é Darrow, um jovem Vermelho que é nascido e criado em Marte. Mesmo dentro dos Vermelhos, existe uma separação em equipas, levando a uma forte competição entre Vermelhos.
Á medida em que a história avança, vamos sendo transportados para diferentes locais, em que nos é dado a conhecer o resto da sociedade. E é aqui que o livro brilha, mostrando-nos uma sociedade altamente avançada e corrupta que segue os ideais romanos. Existem forças de resistência que lutam contra o governo. Os jovens dourados têm uma educação violenta para se tornarem líderes.
As forças políticas em jogo no universo de Pierce Brown fazem lembrar Guerra dos Tronos. Recheado de traição, manobras militares e crime, este livro é algo que não nos deixa respirar até terminar de o ler.
Tenho perfeita noção que acabei de dizer que é parecido a dois livros altamente aclamados. Mas na realidade também tem elementos de Ender e de Avatar. Ou seja, este livro retira de livros do género fantástico e de ficção científica e faz um trabalho fenomenal em criar uma obra que honra todos os titulos de que falei.
Na realidade creio que a versão resumida é Jogos da Fome para os fãs que cresceram.
Aqui em Portugal, este livro passou completamente ao lado! Nem me apercebi que tinha saído e quando o procurei nas livrarias não havia em lado nenhum. Comprei os dois exemplares a um alfarrabista e estou com muita esperança que a editora publique o terceiro porque o cliffhanger do segundo livro dá ataque cardíaco a quem sofre do coração.
sábado, 7 de julho de 2018
Herói das Eras
Titulo Original:Hero of the Ages
Autor:Brandon Sanderson
Editora: Saída de Emergência
Sinopse:Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre.
O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?
Crítica: Neste livro somos confrontados com o fim do mundo, tanto de forma figurativa como literal. Depois dos eventos do segundo livro da trilogia, Elend, Vin e Sazed passam por uma mudança de personalidade. Além disso, o mundo deles está cada vez mais próximo do fim, em que apenas o herói das eras os poderá salvar.Autor:Brandon Sanderson
Editora: Saída de Emergência
Sinopse:Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre.
O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?
A primeira vez que li este livro não consegui parar (aliás eu li a trilogia toda seguida como se precisasse disso para viver). A realidade é que Sanderson faz neste livro algo que fez no resto da série, vai aumentando de forma gradual o suspense de forma a não conseguirmos parar de ler até ao fim. É surreal!
Primeira coisa que nos salta à vista é Elend. Depois de ter ido ao Poço da Ascensão ele muda, muito para além de ser Mistborn. Agora temos um personagem mais maduro, capaz de tomar decisões dificeis. Deixou de ser o inocente sonhador e passou a ser o imperador que Luthadel precisa.
Vin tem uma mudança mais subtil, mas percebe-se que os eventos do segundo livro mostraram-lhe que ela é muito mais que uma assassina ou arma. Aliás ela revela-se fundamental como líder do grupo de Kelsier.
Sazed perdeu a sua fé, devido à morte de alguém muito querido, e vermos as mudanças na personalidade dele é de partir o coração. No entanto, parece que se tornou um personagem mais fácil de se sentir empatia por ele. Já era um favorito, mas aqui ele revela ser algo mais.
E claro que tenho de mencionar Spook. As mudanças nele são fenomenais, principalmente, se tivermos em conta que ele sempre foi um personagem secundário. No entanto, neste livro ele ganha uma relevância enorme, parecendo que Kelsier volta a viver em Spook.
Gostei imenso da abordagem aos kandra, e a forma como a sociedade deles funciona.
Mas o que realmente trabalha bem neste livro é a forma como a narrativa foi desenvolvida. Tem o número certo de descrição, acção e desenvolvimento pessoal. A nível emocional é o livro que mais puxa por nós. E, quando termina, queremos amaldiçoar o autor. É o fim certo para esta trilogia.
De referir que a Saída de Emergência fez o esquema de dividir o livro em dois, num livro cuja versão original tem 572 páginas....No entanto, o Poço da Ascenção que tem 590 páginas na versão original só tem um volume em português. Francamente, a única justificação válida que vejo é mesmo a nível financeiro para a editora conseguir ter um encaixe maior. Deplorável...
sexta-feira, 6 de julho de 2018
Passatempo Príncipe das Trevas autografado
PASSATEMPO "Príncipe das Trevas" autografado por Mark Lawrence com a TOPSELLER
Podem ter uma dedicatória personalizada no primeiro livro da Guerra da Rainha Vermelha. Para quem não conhece aqui têm a crítica dele: https://palavraspoder.blogspot.com/…/principe-dos-espinhos.…
Para poderem ganhar devem:
Podem ter uma dedicatória personalizada no primeiro livro da Guerra da Rainha Vermelha. Para quem não conhece aqui têm a crítica dele: https://palavraspoder.blogspot.com/…/principe-dos-espinhos.…
Para poderem ganhar devem:
- - Partilhar este post em público
- - Fazer gosto na página Palavras de Poder
- - Nomear 2 amigos nos comentários
Podem participar as vezes que quiserem desde que nomeiem dois amigos diferentes sempre que participarem.
O passatempo está a decorrer até 14/07 até 23:59
Limitado a Portugal Continental e ilhas;
O vencedor será anunciado no dia 15 aleatoriamente.
Boa sorte!
O passatempo está a decorrer até 14/07 até 23:59
Limitado a Portugal Continental e ilhas;
O vencedor será anunciado no dia 15 aleatoriamente.
Boa sorte!
quinta-feira, 5 de julho de 2018
Príncipe das Trevas
Titulo Original:Prince of Fools
Autor:Mark Lawrence
Editora: Topseller
Sinopse: Do norte, chegam rumores.
Os mortos caminham novamente entre nós.
Será verdade?
A Rainha Vermelha está velha. Ainda assim, controla todo o poder no seu vasto império.
Jalan Kendeth, o seu neto, não tem tais preocupações. A bebida, as mulheres e uma vida longe de todas as responsabilidades mantêm-no ocupado.
Por isso fica tão surpreso quando é chamado a ouvir estas histórias da boca de escravos e prisioneiros. Porque quereria a Rainha Vermelha envolvê-lo? Quando Snorri, um guerreiro nórdico, conta uma história de cadáveres devolvidos à vida e do Rei Morto, Jalan só pensa nas várias formas de o utilizar para ganhar dinheiro. São fantasias, o que conta. Mitos. Histórias de encantar.
E é por isso que Jalan fica tão frustrado quando a magia o liga a Snorri. Agora vai ter de ir ao norte desfazer o feitiço. O que será que os espera?
Crítica: O Mark Lawrence está na moda! A sério! A nível internacional os livros de fantasia dele são instant bestsellers. A razão é simples, na minha opinião. Ele cria livros muito bons, com personagens complexas e intriga excelente, e está consistentemente a publicar um livro por ano desde o lançamento do Principe dos Espinhos. Para quem leu a primeira trilogia sabe também que o universo que ele criou não é propriamente um mar de rosas e que os personagens principais dele tendem a ser algo... perigosos.
Neste livro, voltamos ao mundo original da trilogia dos espinhos. Temos novos personagens sendo que o principal é o Jalan Kendeth. Qual a melhor descrição de Jalan Kendeth?
"Sou um mentiroso, um trapaceiro e um cobarde, mas nunca, nunca deixarei de ser leal a um amigo. A não ser, claro, que essa lealdade exija honestidade, jogo limpo ou coragem." - Retirado do primeiro parágrafo do livro.
Como se pode ver, Mark Lawrence voltou a criar um personagem que não segue as linhas comuns da fantasia. Somos confrontados com o ponto de vista de alguém medroso, mentiroso e um procrastinador de nível excepcional. O que é algo refrescante para alguém que lê fantasia e tem visto sempre o herói estereotipado.
Através de uma série de eventos Jal fica ligado a Snorri, um guerreiro nórdico que é um escravo gladiador. Isto cria uma dinâmica muito engraçada, porque Snorri tem todo um sentido de honra e compromisso que Jal não tem. E precisam, obrigatoriamente, um do outro até chegarem ao Norte!
Neste livro temos menções a Jorg e ao Rei Morto, sendo que ambos são uma ameaça ao plano da Rainha Vermelha, avó de Jalan. Mas aquilo que o livro tem de melhor é a dinâmica entre Snorri e Jal, dando um novo rumo cómico ao mundo negro do Império Quebrado.
A nível de leitor, sentimo-nos muito menos culpados por gostar de Jal do que de Jorg. Com Jal, temos a noção de que ele é mimado e cobarde, mas nunca tem prazer em matar pessoas. Ou seja, a nossa bussola moral não entra em choque com a narrativa do livro. A acção do livro também é mais acelerada e mais orientada para a intriga do que para o desenvolvimento do mundo e personagens.
Como livro é um ótimo livro de fantasia, desenhado para todos os gostos. Não tem o impacto que o Príncipe dos Espinhos teve, devido aos seus personagens e ao tipo de acção. Recomendo vivamente para se ler este Verão. É um livro divertido e cheio de acção, que não obriga a ter lido a trilogia dos Espinhos.
TOPSELLER continuem a fazer o excelente trabalho que têm feito com os livros de fantasia!
Autor:Mark Lawrence
Editora: Topseller
Sinopse: Do norte, chegam rumores.
Os mortos caminham novamente entre nós.
Será verdade?
A Rainha Vermelha está velha. Ainda assim, controla todo o poder no seu vasto império.
Jalan Kendeth, o seu neto, não tem tais preocupações. A bebida, as mulheres e uma vida longe de todas as responsabilidades mantêm-no ocupado.
Por isso fica tão surpreso quando é chamado a ouvir estas histórias da boca de escravos e prisioneiros. Porque quereria a Rainha Vermelha envolvê-lo? Quando Snorri, um guerreiro nórdico, conta uma história de cadáveres devolvidos à vida e do Rei Morto, Jalan só pensa nas várias formas de o utilizar para ganhar dinheiro. São fantasias, o que conta. Mitos. Histórias de encantar.
E é por isso que Jalan fica tão frustrado quando a magia o liga a Snorri. Agora vai ter de ir ao norte desfazer o feitiço. O que será que os espera?
Crítica: O Mark Lawrence está na moda! A sério! A nível internacional os livros de fantasia dele são instant bestsellers. A razão é simples, na minha opinião. Ele cria livros muito bons, com personagens complexas e intriga excelente, e está consistentemente a publicar um livro por ano desde o lançamento do Principe dos Espinhos. Para quem leu a primeira trilogia sabe também que o universo que ele criou não é propriamente um mar de rosas e que os personagens principais dele tendem a ser algo... perigosos.
Neste livro, voltamos ao mundo original da trilogia dos espinhos. Temos novos personagens sendo que o principal é o Jalan Kendeth. Qual a melhor descrição de Jalan Kendeth?
"Sou um mentiroso, um trapaceiro e um cobarde, mas nunca, nunca deixarei de ser leal a um amigo. A não ser, claro, que essa lealdade exija honestidade, jogo limpo ou coragem." - Retirado do primeiro parágrafo do livro.
Como se pode ver, Mark Lawrence voltou a criar um personagem que não segue as linhas comuns da fantasia. Somos confrontados com o ponto de vista de alguém medroso, mentiroso e um procrastinador de nível excepcional. O que é algo refrescante para alguém que lê fantasia e tem visto sempre o herói estereotipado.
Através de uma série de eventos Jal fica ligado a Snorri, um guerreiro nórdico que é um escravo gladiador. Isto cria uma dinâmica muito engraçada, porque Snorri tem todo um sentido de honra e compromisso que Jal não tem. E precisam, obrigatoriamente, um do outro até chegarem ao Norte!
Neste livro temos menções a Jorg e ao Rei Morto, sendo que ambos são uma ameaça ao plano da Rainha Vermelha, avó de Jalan. Mas aquilo que o livro tem de melhor é a dinâmica entre Snorri e Jal, dando um novo rumo cómico ao mundo negro do Império Quebrado.
A nível de leitor, sentimo-nos muito menos culpados por gostar de Jal do que de Jorg. Com Jal, temos a noção de que ele é mimado e cobarde, mas nunca tem prazer em matar pessoas. Ou seja, a nossa bussola moral não entra em choque com a narrativa do livro. A acção do livro também é mais acelerada e mais orientada para a intriga do que para o desenvolvimento do mundo e personagens.
Como livro é um ótimo livro de fantasia, desenhado para todos os gostos. Não tem o impacto que o Príncipe dos Espinhos teve, devido aos seus personagens e ao tipo de acção. Recomendo vivamente para se ler este Verão. É um livro divertido e cheio de acção, que não obriga a ter lido a trilogia dos Espinhos.
TOPSELLER continuem a fazer o excelente trabalho que têm feito com os livros de fantasia!
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