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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Passatempo "O Núcleo" - livro autografado pelo autor!

Aqui está uma grande surpresa que tem sido preparada em parceria com o blogue Uma Biblioteca em Construção. Juntos estamos a sortear um exemplar especial do livro O Núcleo. É que este livro, o último da saga "Ciclo dos Demónios", está autografado pelo autor, Peter V. Brett.







Para se habilitarem a ganhar este livro, apenas precisam de:



- Responder a todos os campos do questionário;

- Partilhar o link do passatempo

- Fazer gosto na página de Facebook do blogue Uma Biblioteca em Construção;

- Fazer gosto na página de Facebook do blogue Palavras de Poder;

- Só participar uma vez (caso tal não se confirme a participação será anulada);

- O passatempo termina no dia 25 de Junho às 23h59. Não serão aceites participações após essa data.



Agora é só participar!




Notas:

- Este passatempo é realizado em parceria com o blogue Uma Biblioteca em Construção;

- O vencedor será escolhido aleatoriamente entre as participações válidas através do site random.org;

- Como participação válida entende-se: existir apenas uma por participante com todos os dados do questionário respondidos correctamente;

- O vencedor será contactado por e-mail e anunciado no blogue;

- Este passatempo é válido para Portugal continental e ilhas;

- O blogue não se responsabiliza pelo possível extravio do livro nos correios.

domingo, 17 de junho de 2018

O Núcleo

Titulo Original:The Core
Autor:Peter V Brett
Editora: Edições Asa 1001 Mundos

Sinopse: Demónios sedentos de sangue rondam a noite.
A raça humana está reduzida a uma resistência dispersa e dependente de magias antiquadas.
De entre os resistentes, surgem dois heróis. Tão próximos como irmãos, e, no entanto, divididos por uma amarga traição.
Arlen Bales, o Homem Pintado, está coberto de tatuagens de poderosos símbolos mágicos que lhe permitem combater - e vencer - os demónios.

Ahmann Jardir, possuidor de armas mágicas, autoproclamou-se o Libertador, uma figura que as profecias dizem ser capaz de unir a humanidade e conduzi-la ao triunfo na Sharak Ka - a derradeira guerra contra os demónios. Mas, nos seus esforços para derrotar os demónios, Arlen e Jardir desencadearam uma força que poderá pôr fim a tudo: um Enxame. A guerra está à porta, e a única esperança da humanidade reside em Arlen e Jardir. Com a ajuda de Renna, mulher de Arlen, tentam subjugar um príncipe dos demónios, obrigando-o a indicar-lhes o caminho até ao Núcleo, onde a Mãe dos Demónios está a formar um exército invencível.

Enquanto os leais Leesha, Inevera, Ragen, e Elissa guiam o turbulento povo das Cidades Livres na batalha contra o Enxame, Arlen, Renna e Jardir lançam-se numa perseguição desesperada nas profundezas mais escuras do mal - de onde nenhum deles espera regressar com vida…

Com O Núcleo, chega ao fim o épico Ciclo da Noite dos Demónios, uma das mais aclamadas sagas de fantasia dos nossos tempos…



Crítica: Este é o último livro da saga! É verdade! A viagem foi maravilhosa, da minha parte posso dizer que esta colecção prendeu-me totalmente e só me largou no fim. Só para perceberem foram 3 exemplares d' O Homem Pintado, 1 de Lança do Deserto, 1 em inglês e outro em português dos 3 livros seguintes! Portanto foi uma viagem de 10 livros para uma colecção de 5. A chancela 1001 Mundos trouxe magia e nuclitas para Portugal e fico mesmo muito feliz por isso, porque esta colecção é algo que nos puxa e nos prende, tem momentos baixos (morte da mãe do Arlen, traição de Jardir, as violações, a morte daquela personagem querida) e tem momentos altos (Arlen a lutar contra nuclitas, Leesha a tornar-se na líder que nasceu para ser, Rojer a ultrapassar os seus medos, e muito mais...) e é sem dúvida uma série que apesar de ser de fantasia consegue ser real, sólida e profunda.
Este último livro não desilude nada! Foi completamente de encontro ás minhas expectativas. Não vou entrar em muitos pormenores para não fazer spoilers, mas vou dar uma opinião franca.
Aquilo que mais se sobressai no livro é o desespero! O desespero em chegar ao Núcleo, o desespero de lutar para se salvarem e aquele desespero omisso que isto é o tudo ou nada no mundo inteiro. E a forma como isto é traduzido no livro é magnífico. Vê-se de forma clara o sentimento de todas as personagens a mudar ao longo do livro. Leesha e Inevera assumem um papel extremamente importante neste livro, algo que vinha a ser preparado durante toda a série, mas neste culminar é onde estas personagens brilham. São as líderes que Jardir e Arlen não poderiam ser nem conseguiram ser. O poder vai mudando lentamente das mãos dos Libertadores para elas, mas no final é claro que sem elas não haveria nada para Libertar.
A narrativa de Arlen e Jardir segue um passo apressado, parecendo que existe um presságio em cima deles, mas todos eles estão claramente focados, e cheios de esperança, o que equilibra de forma perfeita o sentimento desesperante que se sente nas outras narrativas.
Mais uma vez, o autor não tem medo de matar personagens, sendo algumas cenas terrivelmente emocionais.
Claro que num livro destes há sempre algumas falhas, principalmente na história de Abban, no entanto, creio que afecta muito pouco a história.
Finalmente, o livro acaba de forma a dar uma conclusão pacífica aos leitores, no entanto, abrindo a possibilidade para continuação, que já foi confirmada nos Estados Unidos. Teremos nova triologia com uma nova geração! Estou extremamente curioso para saber o que acontece. Os Maji chegaram á Lança do Deserto? O que aconteceu ao principe nuclita? O que viu Arlen para além de Thesa? Será que vamos ver o resto do mundo?

Devemos ter uma espera de três anos cá em Portugal para termos respostas, mas creio que irá valer a pena.

sábado, 16 de junho de 2018

O Trono dos Crânios

Titulo Original:Skull Throne
Autor:Peter V Brett
Editora: Edições Asa 1001 Mundos

Sinopse:Construído com crânios de generais caídos e de príncipes demónios, é um lugar de honra e de magia antiga e poderosa, que mantém afastados os demónios nuclitas. Do alto do trono, Ahmann Jardir estava destinado a conquistar o mundo conhecido, reunindo os seus povos isolados num exército unificado capaz de pôr fim à guerra com os demónios de uma vez por todas.
Mas Arlen Bales, o Homem Pintado, foi contra este destino, desafiando Jardir para um duelo que ele não podia recusar. Em vez de arriscar a derrota, Arlen lançou ambos de um precipício, deixando o mundo sem um salvador, e dando origem a uma luta pela sucessão que ameaça destruir as Cidades Livres de Thesa.
No Sul, Inevera, a primeira mulher de Jardir, tem de arranjar forma de impedir que os filhos se matem e mergulhem o povo numa guerra civil, enquanto se esforçam por atingir glória suficiente que lhes permita reclamar o trono.
No Norte, Leesha Papel e Rojer tentam forjar uma aliança entre os ducados de Angiers e Miln contra os Krasianos antes que seja demasiado tarde.


Crítica: No dia que este livro saiu nos Estados Unidos, eu comprei a versão Kindle dele para poder lê-lo o mais rapidamente possível! Lembram-se do final da Guerra Diurna? Pois...eu também! E não podia esperar para saber o desfecho daquele confronto. Nesse ponto o Peter V. Brett foi muito porreiro, no sentido que sabemos imediatamente o que se passou. Portanto agora somos confrontados com um desfecho para o duelo entre Jardir e Arlen, que decidem embarcar numa missão com probabilidades impossíveis (já disse mais do que devia).
Agora é a parte que vos digo que fiquei desiludido a primeira vez que li este livro- Porquê? Bem, eu sou um tipo de leitor muito orientado para a acção, e mesmo esta tem de ser a da narrativa principal. Tudo o que fuja àquilo que eu considero acção principal, é mais aborrecido para mim. Neste caso, o livro começa com Jardir e Arlen, mas depois são muito pouco abordados, o que numa primeira leitura me deixou um pouco desiludido.No entanto, numa segunda leitura, achei o livro muito mais interessante, principalmente porque já sabia o que se passava na narrativa principal e já não tinha expectativas.
A minha sincera opinião é que este livro é o melhor do Peter V. Brett, mesmo contando com o último. A razão pela qual vos digo isto é que assim que se ultrapasse o facto da narrativa principal não se desenvolve muito, este é o único livro em que a construção do mundo tem um cuidado mais aprofundado, assim como as personagens secundárias ganham uma relevância que ainda nao tinha sido explorada pelo autor, deixando-nos um livro rico em detalhes que nos escaparam nos outros livros.
A nível de história achei incrível o efeito que o desaparecimento de Jardir teve no povo dele. Todas as narrativas que foram desenvolvidas a partir daí são de tirar a respiração. Acho que todos esperávamos que os dois filhos mais velhos não se entendessem e surgisse daí uma oposição, mas os contornos que esse confronto toma são deliciosos.
Já com os nortenhos acho incrível a forma como a mesquinhês humana é desenvolvida, porque, na minha opinião, parece ser muito genuíno. Apesar de serem ameaçados pelos nuclitas durante a noite, e pelos krasianos durante o dia, os nortenhos conseguem ser auto-destrutivos o suficiente para tornarem a narrativa deles muito interessante.
Finalmente, este é o livro em que personagens morrem de uma forma bem mais intensa, acabando por perder algumas personagens que eram muito queridas dos leitores.
Já agora, aconselho a lerem os contos escritos pelo autor (link) visto que ganham relevância nos dois últimos livros.


quarta-feira, 11 de abril de 2018

Guerra Diurna

Titulo Original:Daylight War
Autor:Peter V Brett
Editora: Edições Asa 1001 Mundos

Sinopse:Na noite da Lua Nova, os demónios erguem-se em força, procurando as mortes dos dois homens com potencial para se tornarem o lendário Libertador, o homem que, segundo a profecia, reunirá o que resta da humanidade num esforço derradeiro para destruir os nuclitas de uma vez por todas.
Arlen Fardos foi outrora um homem comum, mas tornou-se algo mais: o Homem Pintado, tatuado com guardas místicas tão poderosas que o colocam à altura de qualquer demónio. Arlen nega constantemente ser o Libertador, mas, quanto mais se esforça por se integrar com a gente comum, mais fervorosa se torna a crença destes. Muitos aceitariam segui-lo, mas o caminho de Arlen ameaça conduzir a um local sombrio a que apenas ele poderá deslocar-se e de onde poderá ser impossível regressar.
A única esperança de manter Arlen no mundo dos homens ou de o acompanhar reside em Renna Curtidor, uma jovem corajosa que arrisca perderse no poder da magia demoníaca.
Ahmann Jardir transformou as tribos guerreiras do deserto de Krasia num exército destruidor de demónios e proclamou-se Shar’Dama Ka, o Libertador. Tem na sua posse armas ancestrais, uma lança e uma coroa, que consubstanciam a sua pretensão e vastas extensões das terras verdes se curvam já ao seu poderio.
Mas Jardir não subiu ao poder sozinho. A sua ascensão foi programada pela sua Primeira Esposa, Inevera, uma sacerdotisa ardilosa e poderosa cuja formidável magia de ossos de demónio lhe permite vislumbrar o futuro. Os motivos de Inevera e o seu passado encontram-se envoltos em mistério e nem Jardir confia nela por completo.

Crítica: O terceiro livro desta colecção é para mim o melhor devido a vários factores, que vou tentar descrever da melhor forma possível.
Neste livro temos variados pontos de vista, com novas personagens a serem integradas, incluindo Renna e Inevera. Com a inclusão destes novos pontos de vista, ficamos a perceber que na realidade Jardir e Inevera (que até então são percebidos como antagonistas humanos principais) são na realidade o produto da sua cultura. Tudo o que fizeram e fazem vai de encontro a um objectivo final que acabará por tornar o mundo melhor. E é exactamente neste ponto que o autor faz um trabalho magnífico, em que nos demonstra dois pontos de vista completamente distintos nos nossos heróis. Tanto Arlen como Jardir têm poderes, que usam na guerra nocturna contra a legião demoníaca que ameaça destruir a Humanidade. Arlen recusa o nome de Libertador, um profeta que irá salvar a Humanidade, apesar de muitos acreditarem que ele é a resposta às preces de milhares. Jardir toma o nome de Libertador (ou Shar'Dama'Ka), forçando todos a segui-lo, porque na sua opinião só assim sera possível derrotar a legião de demónios. O autor mostra que nenhum dos caminhos é o certo ou errado, deixando essas opiniões para o leitor.
A personagem de Leesha volta a ter um papel noutro triangulo amoroso, desta vez com Renna, levando-a a tomar decisões que alteram o esquema de poder no Outeiro do Libertador/Lenhador. Gosto bastante da forma como o autor está a construir a personagem, levando-a a caminhos mais cinzentos, em que ela tem de tomar decisões que não são tão simples como, até então, ela tem tomado!
 O casamento de Rojer com as Krasianas também o muda, em que o personagem deixa de ter um papel de suporte e passa a ser muito relevante para a guerra demoníaca, sendo ainda mais fulcral para toda a história.
Com a introdução de Renna, vemos Arlen a tomar novas dimensões, deixando de ser o vigilante solitário, cuja a única função é destruir os demónios, passando a ter um papel mais preponderante na vida política, assim como volta a ser integrado no mundo humano. Renna, pelo seu lado, é uma personagem que é facil de adorar ou detestar, conforme os capítulos.
Peter V Brett tem a capacidade de criar personagens ricas, desenvolvendo-as em cada livro, fazendo com que deixem de ser bidimensionais e passem a ser pessoas! Para mim, isto enriquece muito este livro e esta coleção. A nível de ação este livro segue o mesmo caminho que os restantes, tendo um ritmo bastante natural, em que o desenvolvimento da ação e das personagens se desenvolve de forma espontânea.
O livro termina de uma forma espetacular, deixando-nos a desejar mais. Recomendo seriamente comprarem o quarto livro antes de terminarem de ler este!



O quinto e último livro, O Núcleo, estará disponivel no ínicio de Maio! Estou, juntamente, com o autor a preparar um passatempo para podermos oferecer uma cópia autografada. Para isso irei necessitar que me ajudem a partilhar e a fazer chegar este blog ao maior número de pessoas! Conto convosco!



terça-feira, 20 de março de 2018

Lança do Deserto



Titulo original: The Desert Spear
Autor: Peter V. Brett
Editora: Edições Asa/ Gailivro
Sinopse: O Sol põe-se sobre a Humanidade. A noite pertence agora a demónios vorazes que se materializam com a escuridão e que caçam, sem tréguas, uma população quase extinta, forçada a acobardar-se atrás da segurança de guardas de poder semi-esquecidas. Mas estas guardas apenas servem para manter os demónios à distância e as lendas falam de um Libertador; um general, alguns chamar-lhe-iam profeta, que em tempos uniu a Humanidade e derrotou os demónios. No entanto esses tempos, se alguma vez existiram, pertencem a um passado distante. Os demónios estão de volta e o Libertador é apenas um mito… Ou será que não?

Critica: O primeiro livro de Peter V. Brett (Homem Pintado) apresenta-nos o ponto de vista de três personagens diferentes, na sua luta contra a praga que assola a humanidade, os demónios que surgem durante a noite e desaparecem com a luz do Sol. O mundo criado pelo autor não é fácil, fazendo com que pessoas se tornem ainda mais frias e em que a compaixão é algo raro. Nesta sequela Peter V. Brett mostra que existe locais em que a vida consegue ser ainda mais difícil e dá-nos um novo ponto de vista de uma personagem que aprendemos a detestar no primeiro livro, Ahmann Jardir.
Ahmann Jardir é-nos apresentado como uma pessoa, sem escrúpulos, que no momento em que pode deitar mão a uma arma que lhe permite ascender ao topo da sua sociedade, não pensa duas vezes e trai o seu amigo para o conseguir. No entanto, na Lança do Deserto, o autor mostra-nos um lado mais humano desta personagem, pegando na sua história desde muito novo até a sua vida adulta.

Krasia, o local de nascimento de Jardir, é um local duro, em que a sociedade oprime mulheres e comerciantes, dando primazia à sua classe guerreira e homens de fé. Numa tentativa, muito bem conseguida, de comparação com uma sociedade muçulmana, vemos como Jardir é vítima das suas circunstancias, e que o homem que conhecemos em Homem Pintado é apenas uma face de alguém com muito mais profundidade.

Peter V. Brett abordou no primeiro livro o tema da violação, e aqui volta a abordar, nesta vez um acto de pedofilia. Mais uma vez, a vítima consegue ultrapassar este trauma e torna-se mais forte, apesar disso. Este tipo de escrita em que se aborda questões complexas tais como violação, diferenças sociais e religiosas é algo que caracteriza esta coleção, e é sempre feita de forma a não ferir suscetibilidades. 

Os personagens originais continuam presentes, em várias contextos que permite mostrar um Arlen, pós-transformação, mais humano e que se esforça para se reintegrar na sociedade. As interações de Arlen com Rojer são deliciosas e demonstram como a alegria do Jogral consegue ser contagiante.

Somos mais uma vez postos frente-a-frente com o ego humano, principalmente naqueles que têm poder. Mesmo ameaçados por forças externas, com capacidade de destruírem toda a população, os chefes da sociedade continuam mais interessados em manter o status quo, e ganhar influência sobre os outros líderes, com muito pouca consideração sobre a população sob a sua responsabilidade.


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Peter V Brett - Homem Pintado

Se existe uma série que me deixa sempre agarrado, independentemente das vezes que leio é o mundo pós-apocaliptico que o Peter V Brett criou no seu livro "Homem Pintado".


Titulo original: The Warded Man
Autor: Peter V. Brett
Editora: Edições Asa/ Gailivro
Sinopse:Num mundo povoado por demónios que dominam a noite, forçando os seres humanos a esconderem-se atrás de guardas mágicas à espera que o sol nasça, o jovem Arlen assiste ao massacre da sua família por causa da cobardia do pai. A partir desse momento tudo muda e Arlen parte numa viagem de descoberta que o levará a percorrer o mundo e a conhecer Leesha e Roger. Os três são a última esperança da humanidade na luta contra os demónios. Só que por vezes os demónios mais difíceis de vencer são os que trazemos dentro de nós. Juntos estes três jovens oferecem à humanidade uma última e fugaz hipótese de sobrevivência. 
Para aqueles que procuram o novo grande nome da fantasia a espera terminou. Ele é Peter V. Brett. Comparável a muitos mas diferente de todos, oferece-nos uma história brilhante que nos prende da primeira à última página. Dizer que é uma obra magistral é pouco para descrever a história épica da luta de Arlen, Leesha e Roger para salvar uma humanidade condenada a viver num medo permanente da noite e dos demónios que ela encerra.


Critica:Este livro apesar de ser de fantasia, tem um desenvolvimento de personagens que é fantástico. O mundo é devorado todas as noites por demónios elementais, em que a única forma de protecção são as guardas. A acção centra-se em tres personagens, em que todos sofrem de formas diferentes nas mãos dos demónios.

O primeiro personagem a ser introduzido é Arlen Bales, que é confrontado numa manhã com uma quebra nas guardas na casa de alguém da aldeia dele, o que desenrola uma sequência de acções e consequências que acaba por lhe tirar a mãe e com Arlen a fugir de casa. A personalidade de Arlen é criada a partir destes eventos, tudo o que faz é para evitar sentir-se preso. A prisão que ele vê não é física mas uma prisão de conformidade que parece governar o mundo dele. Toda a gente se sente confortável por trás das guardas, mesmo que essas falhem de forma constante, e para Arlen tem de haver uma melhor forma do que viver a vida da mesma forma que se tem vivido nos últimos 300 anos.

A segunda personagem é Leesha Paper, que vive numa aldeia maior do que a de Arlen, mais próxima da grande cidade. Tal como Arlen, a vida de Leesha é marcada por sofrimento, mas este sofrimento não lhe é causado por demónios, mas pela sociedade. Através de uma mentira adolescente, Leesha fica com má reputação, virando toda a aldeia contra ela. Ela consegue ultrapassar isso sendo tomada como aprendiz de uma Herbanária, algo que lhe vai mudar a forma de pensar e de ver o mundo.

Rojer é o último personagem a ser introduzido e a personagem em que mais perdeu devido aos demónios. Num desleixo do Guardador (a pessoa que é responsável pela manutenção e bom funcionamento das guardas) da cidade dele, os seus pais morreram na estalagem de que eram proprietários. Rojer sobrevive, graças ao heroísmo da mãe, que mata um demónio de fogo, e exigindo a um jogral que levasse Rojer com ele.

O livro baralha as linhas temporais e as personagens com eles, levando a que cada personagem sofra mais tanto devido a demónios como devido à sociedade. O autor mostra o pior da sociedade humana, mesmo quando estamos à beira da extinção. No entanto, mostra também que vítimas dos mais variados crimes e horrores conseguem ultrapassar, não desistindo e lutando até ao fim.

Um excelente livro para quem quer começar no mundo de fantasia.

Leram o livro?
Comentem e deixem a vossa opinião.

RC